ADVOGADA DE SÃO PAULO (Folha 03/05/23) é chamada de especialista. A reportagem é da Folha de S Paulo. Especialista em que? Em dizer se podemos ou não usar “caboclo”. Fantástico! Temos agora especialista nisso!
Ela diz que Bolsonaro não pode usar caboclo para se referir a Orlando Silva, deputado (não eleito) do PCdoB. Pois sendo a palavra caboclo, lá no Brasil colônia, usada para diminuir a pessoa (dado que seria o mestiço do índio com o branco, e não o superior, o branco), então agora também não poderíamos usá-la. Todavia, essa tal especialista se esquece que durante muito tempo a palavra foi usada sem qualquer conotação pejorativa.
Pessoas da minha idade e da idade do Bolsonaro aprenderam tal palavra no interior de São Paulo como sinônimo de “sujeito”, “fulano”, “cidadão” e, hoje, talvez, “cara”. Meu avô me chamava de caboclo. Ou para se referir a alguém que vinha de longe para consultá-lo: “o caboclo veio lá do Sul de Minas”. Era às vezes um rico fazendeiro bem branco!
Essa especialista da Folha não entende nada da história, nada de antropologia e muito menos de usos e costumes. O que ela faz é criar problema com Bolsonaro. Ele não fez uso do termo de modo a usar um tom pejorativo. O resultado do serviço dessa moça, a Advogada Especialista no Uso de Caboclo (!), é fazer a população ver que se está criando problema à toa contra Bolsonaro. Isso promove Bolsonaro. Essa moça é mais uma identitária que está com saudades de Bolsonaro. Esse identitarismo só sabe criar na população um ranço, e este ranço se volta contra a esquerda. O serviço do identitarismo é fazer a extrema direita crescer entre a população.
Paulo Ghiraldelli, filósofo, professor e escritor.
É muito imbecil pousando de “letrado”… ! Putaquelosparo !
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