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BOLSONARO VIROU O PRODUTOR DE ATAQUES EM ESCOLA, SEGUNDO O PETURRO (O PETISTA BURRO)

TODOS OS ATAQUES EM ESCOLAS NO BRASIL, ATÉ 2019 apareciam na imprensa seguidos de estudos que buscavam saber das motivações. Havia uma busca por objetividade. Algumas dessas buscas apontavam para algo mais ou menos correto, identificado como bullying. Determinadas análises até iam ou pouco mais adiante. Falava-se do perigo de nossa realidade se modificar para pior. Os ataques poderiam virar algo cotidiano, como nos Estados Unidos.

Os ataques não aumentaram muito. O fluxo continua mais ou menos na mesa toada. O que mudou foi o modo como a mídia trata os casos agora.

Agora, os ataques são respondidos antes de tudo pela maquinaria de propaganda do governo, que influencia a mídia. O resultado é tosco: Bolsonaro fez arminha e desencadeou os ataques. Mentira. Bolsonaro e ataques são efeitos, não causas.

A violência na escola tem a sua especificidade. Não se trata de terrorismo. No âmbito geral, ela é fruto de uma sociedade do capitalismo financeirizado que atomizou a todos. O Brasil de hoje, nesse quesito, começou lá no governo Collor, se radicalizou no governo FHC, e após o início do século XXI, nesses últimos vinte e três anos, mostrou-se como uma sociedade que está sob a égide do capitalismo de plataforma. Isso nos tornou menos zelosos quanto à vida solidária. No âmbito específico, essa violência, que se faz pelos ataques na escola, tem a ver com a própria escola enquanto instância social. Ela cria um palco de teatro onde muitos fracassam no desempenho de seus personagens. Alguns que fracassam, voltam ao palco com script próprio, e então encenam a peça que querem. Matam, machucam, e depois encerram o ato na perdição de si mesmos. Há milhares de outros fracassados que exibem seu fracasso de outro modo. Não atacam a escola, mas, por conta do palco escolar, se tornaram adultos frustrados, às vezes ligados ao crime ou ao simples desânimo. O niilismo de classe média se insere também aí nesses resultados. O próprio bolsonarismo, às vezes, aparece de modo nítido como um efeito desse fracasso.

Os ataques são a ponta do iceberg, o que está abaixo não é Bolsonaro, mas elementos que poderiam ser sanados se tivéssemos a coragem de olhar para a escola por uma ótica, por exemplo, de Paulo Freire, que cobrou erotismo na escola. Mas Dino e agora Ruy Costa, e alguns aqui e acola no governo, que nem sabem quem foi Paulo Freire, inventaram de colocar na praça uma narrativa do tipo: o mal do mundo nasceu com Bolsonaro. Eles sabem só culpar Bolsonaro e agem como Moro agiria: colocam mais polícia, mais câmeras, portas giratórias e grades, e até “botão do pânico” em escolas.

O espírito de avestruz tomou conta do PT, mas de um modo particular. O avestruz enfia a cabeça na areia, o PT enfia a cabeça em um aparelho de realidade virtual em que a cena é Bolsonaro dando origem ao mundo.

O PT está criando uma ideologia que vai se transformar em peça de autoengano. Já está se transformando. Se continuar assim, vai novamente bater cabeça. Produzir autoengano está já se transformando em sina do PT.

Lembram quando parte da esquerda identificou que tudo que ocorria de errado na sociedade era, na mídia, apresentado como culpa do PT? Pois bem, agora o próprio PT faz o mesmo com Bolsonaro. Mas quando Bolsonaro investiu contra os brasileiros, matando 700 mil, aí o PT apostou na via eleitoral e nos deixou sozinhos na campanha do Impeachment. O PT resiste em se tornar adulto.

Mas será que estamos sendo duros demais com o PT? Ou devemos perdoar o PT e dizer que não se trata do partido, e sim de uma raça interna, o peturro, o petista burro? Seria um parente do petralha? Um dia haverá um Globo Repórter para dizer: como nasceu o peturro, onde ele vive, como se reproduz? Já será tarde para o PT.

Paulo Ghiraldelli, filósofo, professor, escritor e jornalista