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MICHELLE PEGUETE E CAETANO GOSPEL

MICHELLE ERA PEGUETE DE COSTA NETO, diz a ex-esposa do parlamentar. Nada de novo no front. Muitos que frequentavam a Câmara sabiam da atividade de pistoleira da Maçaneta. Bolsonaro, o mais tonto deles, o deputado burrão do Baixo Clero, casou-se com a piricrente. Deu no que deu: ela destruiu a família dele e pôs a campanha DE 2022 no buraco. Michelle Maçaneta deixou-se colar por Damares, que agora nem fala mais de Bolsonaro. Damares fez campanha para si mesma, se elegeu senadora, e ensinou Michelle a preparar a sua vida futura.

Os evangélicos não gostaram. Em parte não! Mas, o fato é que eles na maioria não pensam nada. Trata-se de uma massa acrítica, que obedece pastor, e estes não possuem escrúpulos. Os pastores de igreja caça-níquel fazem os pastores honestos pagarem com a má fama.

Aí então, no meio disso tudo, vem a entrevista do Caetano, na Folha (20/11/22), e passa pano para os evangélicos. Afirma que é necessário entender o Brasil, que a música que está em segundo lugar no gosto do brasileiro é a gospel, depois do sertanejo, ou melhor, sertanojo. Sim, mas essa é a realidade, e não somos obrigados a aceitar a realidade. Somos sempre, na esquerda, os que estudam a realidade, não para se resignar a ela.

Demos combate aos católicos quando eles não aceitavam a modernidade. Eles mudaram. Agora, se os evangélicos não querem se integrar ao mundo contemporâneo, não querem viver sob a plataforma liberal que separa Igreja e Estado através do estado laico, nós então damos combate a eles. E nisso, damos combate também na área do gosto, na área dita artística. Ao menos no Brasil, eles não fazem arte, fazem entretenimento ruim com a cantoria deles. Muito menos fazem religião, fazem gritaria que funciona como lavagem cerebral. Se há pretos e pobres no mundo evangélico, isso não os transforma em gente inerentemente boa que não deve ser mudada. Deve sim. A tese do bom selvagem de Rousseau, que adentrou o Romantismo e chegou até nós confusamente, nos faz, não raro, achar que criança, preto, mulher, pobre, operário são todos ligadas à natureza, como o bom selvagem, e portanto inerentemente bons. Bons, pois a natureza é boa! Tomar a bondade no homem como algo natural e tomar a natureza como boa é tão errado quanto fazer o mesmo com a maldade. Sade dizia que a natureza era má, contra Rousseau. Mas ambos eram típicos homens do século XVIII, onde a “natureza humana” é o que importava. O século XIX veio para dizer que era melhor pensar o homem pelos seus feitos históricos, pelos resultados de grupos. Saiu de cena a visão do homem liberal individual e entrou em cena a visão de Hegel. Esta visão ajudou a fundar a filosofia social e a sociologia com Marx, Durkheim e Weber. Nesse caso, a história de grupos sociais, nações, classes, gerações etc;. passou a ser o objeto de análise.

Por isso hoje, olhando resultados de grupos e instituições, falamos que o mercado é de direita. E assim fazemos com os evangélicos. Dizemos que eles atuam na direita. Eles são agenciados pelo pensamento de direita. Seus pastores tentam se acomodar quando o governo é de esquerda. Mas o plano da direita os favorece mais, especialmente na manutenção da acriticidade de fieis em suas igrejas, e com isso negociam tanto com a milícia quanto com o tráfico. Michelle é deste bando. Está bem longe, junto com Malafaia e outros, dos pretos e pobres de Caetano, julgados bons por serem absorvidos pela visão do bom selvagem.

Paulo Ghiraldelli

1 comentário em “MICHELLE PEGUETE E CAETANO GOSPEL”

  1. Caetano tem 2 filhos evangélicos. Discurso de conveniência!! Affff, é duro aguentar essa fala de Caetano… pqp

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